quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Modificador

O modificador da frase pode ser um advérbio ou uma oração subordinada adverbial condicional ou concessiva.
O modificador da frase adverbial marca o ponto de vista do sujeito enunciador e pode apresentar diversos valores:
- Lamentavelmente este ano de 2008 foi muito atribulado. - o advérbio faz uma avaliação.
- Talvez vá a tua casa. - o advérbio tem um valor modal.
- Evidentemente vou trabalhar.- o advérbio reforça a verdade do conteúdo da frase, ou asserção.
Estes advérbios modificam toda a frase e não apenas o verbo. Além disso, eles não podem ser negados ou interrogados.
- Não lamentavelmente que este ano de 2008 foi atribulado. - frase agramatical.
É lamentavelmente este ano de 2008 foi atribulado? - frase agramatical.

Modificador frásico da frase:
- Se tivesse dinheiro, ia passar o Natal ao Brasil. - frase condicional - frase condicional que incide sobre a subordinante.
- Embora esteja frio, irei sair na passagem de ano. - oração adverbial concessiva que incide sobre toda a oração/frase subordinante.
S

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Modificador do nome apositivo

Este modificador também surge à direita do nome, mas ao contrário do modificador do nome restritivo, este modificador não restringe a realidade que refere nem é seleccionado pelo nome.
O modificador do nome apositivo pode ocorrer: no sujeito, predicativo do sujeito ou nos complementos e pode ser:
- um grupo nominal - Gil Vicente, autor do século XVI, escreveu inúmeras peças de teatro.
- um grupo adjectival - A Joana, manhosa e infiel, tinha um marido ingénuo.
- um grupo preposicional - A viagem marítima à Índia, de importância indiscutível para a época, demorou meses.
- uma oração subordinada adjectiva relativa explicativa - Os arcaísmos, que são frequentes em Gil Vicente, dificultam a compreensão do texto e do autor.
O modificador do nome apositivo corresponde ao tradicional aposto e está separado por vírgulas da restante frase.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Modificador do nome restritivo

O modificador do nome restritivo surge à direita do nome, mas nã é seleccionado por este. Este modificador restringe a realidade referida pelo nome que modifica.
Ex: Eles contavam histórias fantásticas. - o modificador - fantásticas - refere-se unicamente às histórias que eles contavam e não a outras.

Este modificador pode ser:

a) um adjectivo - modificador adjectival - Galo bom nunca foi gordo.
b) um grupo preposiciona - modificador preposicional - Galinha de adeia não quer capoeira.
c) oração subordinada adjectiva relativa restritiva - modificador frásico -
Raposa que dorme não apanha galinhas.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Complemento do nome

O complemento do nome pode ser adjectival.
O conselho executivo está em reunião. - o complemento é executivo.

O complemento d nome pode ser preposicional.
Aquela reacção contra ao professor foi injusta.
O carro da Maria é novo.

O complemento do nome surge sempre à direita do nome, é seleccionado por ele e restringe a realidade referida pelo nome.

sábado, 20 de setembro de 2008

modificador

O modificador é uma função sintáctica desepenhada por um grupo de palavras com características internas diferentes que podem incidir sobre ou modificar grupos verbais, grupos nominais, grupos adverbiais e frases.

O João ouviu a música com atenção.
As pessoas enfrentaram mau tempo lá.

Os elementos a negrito não são seleccionados pelo verbo e, por conseguinte, O João ouviu a música.
As pessoas enfrentaram mau tempo.

O modificador apenas acrescenta informação aogrupo verbal.

Os modificadores do grupo verbal podem ser:
podem ser eliminados sem causar agramaticalidades (frases incorrectas).

- modificadores preposicionais - A bicicleta passou na rua com velocidade.
- grupo adverbial - A Bicicleta passou na rua depressa.
- modificador frásico - A bicicleta passou na rua quando eram dez horas da manhã.

domingo, 24 de agosto de 2008

Vocativo

Função sintáctica que identifica o interlocutor e que ocorre muito frequentemente em frases de tipo imperativo, interrogativo e exclamativo.
É muito comum na oralidade em diálogos entre pessoas ou em textos literários pertencentes aos géneros narrativo e dramático.
O vocativo isola-se por vírgulas.

- Ó Maria, o teu pai vai hoje a Lisboa?
- Ana, hoje o dia está lindo!
- Mário, vai estudar Português.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Complemento

Complemento Agente da Passiva

É a função sintáctica do grupo preposicional introduzido pela preposição “por” numa frase passiva (ou, raramente, por “de”) e que corresponde ao sujeito na frase activa com o mesmo significado.

O Pedro bebeu o café. - Voz activa
O café foi bebido pelo Pedro. - voz passiva

O móvel vai sendo coberto de pó. - voz passiva
O pó cobre o móvel. - voz activa

O complemento agente da passiva integra-se no predicado.

Nota: O sujeito de uma frase na voz activa é o complemento agente da passiva da frase na voz passiva. O sujeito da frase na voz passiva é o complemento directo da frase na voz activa. O verbo na voz passiva é sempre composto pelo verbo ser flexionado mais o particípio passado do verbo principal.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Complemento Oblíquo

Complemento oblíquo (preposicional) é a função sintáctica de um grupo preposicional seleccionado como complemento pelo verbo da frase e que não pode ser substituído por um pronome pessoal.
Ex: No dia seguinte de manhã Oriana foi à cidade.
Oriana tocou com a sua varinha de condão no ar e o ar encheu-se de música.

Uma frase em que o verbo exija complemento oblíquo, este tem que fazer obrigatoriamente parte da frase, caso contrário, esta pode tornar-se agramatical, sobretudo se ocorrer isoladamente.
Ex: Ontem, a Ana esteve. * - agramatical.
Ex: Ontem, a Ana esteve com o cão na praia .- gramatical .

O complemento oblíquo (preposicional) é seleccionado pelo verbo e integra-se no predicado.

O complemento oblíquo (adverbial) é uma função sintáctica desempenhada por um grupo de palavras que tem como elemento principal um advérbio.
Ex: O João mora aqui.
Se falares depressa eles não te entendem.

O complemento oblíquo (adverbial) é seleccionado pelo verbo e integra-se no predicado.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Predicativo do Complemento Directo

O predicativo do complemento directo integra-se no predicado; completa o significado do verbo; concorda em género e número com o complemento directo e, geralmente, coloca-se a seguir a este.

O predicativo do complemento directo pode ser:

Um nome: O presidente nomeou-o ministro. (ministro)

Um adjectivo: Considero a aluna perspicaz. (perspicaz)

Verbos que indicam julgamento, nomeação, transformação podem construir-se com predicativo do complemento directo.
Exemplos: julgar, considerar, ter por, supor, achar, nomear, declarar, tornar.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Predicativo do sujeito

O predicativo do sujeito é uma função sintáctica desempenhada pelo constituinte seleccionado por verbos copulativos (ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar), e predica algo acerca do sujeito.
O predicativo do sujeito integra-se no sujeito.
O predicativo do sujeito e o sujeito concordam em género e em número sempre que o predicativo é constituído por um grupo nominal (1), ou por um grupo adjectival(2).

1. Portugal é um encanto.
2. A Maria continua feliz.

Quando o sujeito é composto, o predicativo do sujeito concorda com ele, no entanto podem ocorrer excepções. - ex: O pudim e o bolo estão uma delícia.

O predicativo do sujeito pode ser:

O António é alto. - grupo adjectival
O Pedro é o melhor aluno a Biologia. - grupo nominal
Os jogadores ficaram bem. - grupo adverbial
A mãe estava de boa saúde. - grupo preposicional

terça-feira, 27 de maio de 2008

PRONOMINALIZAÇÃO

REGRAS DE PRONOMINALIZAÇÃO

Em português europeu, o pronome pessoal (complemento directo e complemento indirecto), geralmente, situa-se a seguir à forma verbal, ligando-se a esta por um hífen:
Ex: O Mário comeu a maçã. - O Mário comeu-a.

Quando o tempo da forma verbal é composto, o pronome coloca-se a seguir ao verbo auxiliar, ligando-se a este por um hífen:
Ex: O Mário tem comido a maçã. – O Mário tem-na comido.

O pronome intercala-se na forma verbal quando esta está no condicional ou no futuro:
Ex: O António dar-lhe-á o livro
O António dar-lhe-ia o livro.

No entanto, o pronome coloca-se antes do verbo nas seguintes situações:

A. Nas frases negativas:
Ex: Não lhe dês o livro.
Nunca o dês à Ana.

B. Nas frases introduzidas por que:
Ex: Ela quer que o António lhe dê o livro

C. Nas frases introduzidas por uma conjunção subordinativa:
Ex: Quando o empregado lhe disse tudo, o patrão ficou admirado.

D. Nas frases que transmitem ideias de dúvida, desejo ou possibilidade:
Ex: Talvez o António lhe dê o livro.
Oxalá o António o dê À Ana.

terça-feira, 6 de maio de 2008

PREDICADO

O PREDICADO

• O predicado: é a função sintáctica
desempenhada pelo verbo e pelos
complementos exigidos por ele.

- O predicado pode ser constituído apenas pelo verbo (simples ou composto) ou por este e pelo complemento directo, verbo e complemento indirecto, pelo verbo e pelos dois complementos ou pelo verbo copulativo e pelo predicativo do sujeito.

Ex.: O Pedro desmaiou.
O Paulo tem estudado.
A Ana encontrou o João.
O António telefonou ao Miguel.
O Luís comprou um livro à Sónia.
A Ana está doente.


• Complemento directo: é a função sintáctica desempenhada por um constituinte que não é precedido de preposição, é seleccionado pelo verbo e que pode ser substituído pelos pronomes pessoais o, a, os, as.

Ex. A Maria comprou as flores para oferecer.
A Maria comprou-as para oferecer.

- Se o complemento directo é constituído por uma frase/oração, pode ser substituído por um pronome demonstrativo - o ou isso.

Ex. Eu percebi que a situação era complicada.
Eu percebi isso.

• Complemento indirecto: é a função sintáctica desempenhada pelo complemento preposicional que é seleccionado pelo verbo e pode ser substituído pelos pronomes pessoais lhe e lhes.

Ex. A Maria comprou as flores à Rita.
A Maria comprou-lhe as flores.

sábado, 26 de abril de 2008

Sujeito

Sabe quais são as funções sintácticas que podemos encontrar em Português?
Sim.
Então vamos revê-las.

o SUJEITO

O sujeito é a entidade, conjunto ou objecto acerca do/a qual se faz a afirmação contida no verbo. Exceptuam-se os verbos impessoais.
Ex: O Pedro comeu uma maçã. - estamos a afirmar que quem comeu a mação foi - o Pedro.

• Sujeito simples: designa uma entidade ou um conjunto.
Ex.: As crianças corriam alegremente.

• Sujeito composto: refere mais que uma entidade ou conjunto.
Ex.: Eu, o Manuel e a Maria vivemos no Funchal.

• Sujeito nulo: desempenha a função de sujeito, mas não tem realização lexical. Este pode ser:

• Sujeito expletivo: é o sujeito de verbos impessoais, os quais incluem verbos meteorológicos e o verbo haver quando tem o sentido de existir ou de tempo.
Ex.: Anoiteceu.
Ontem, choveu muito.
Há bilhetes para todos.
Vai haver muitos concertos este Verão.
Há quinze dias que não o encontro.

• Sujeito indeterminado: não tem realização lexical e não especifica quem realiza a acção.
Ex.: Lê-se pouco.
Não se bate em homem morto.
Diz-se que eles voltam numa sexta-feira.

O sujeito nulo indeterminado caracteriza-se pelo verbo conjugado na terceira pessoa do singular e pela presença do se impessoal, o qual pode ser substituído por um pronome indefinido
Ex: Alguém diz que se lê pouco.
Ninguém bate em homem morto.
Alguém diz que eles voltam numa sexta-feira.

• Sujeito subentendido: Não tem realização lexical e é subentendido pelo contexto.
Ex. : Vou à praia.